quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Haverá aula?

Teremos aula nesta quinta, dia 26, ou seguiremos a paralisação de 3 dias????

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Curso Gratuito "Elaboração de Artigo Científico"

Prezados colegas,
A professora Débora Diniz vai ofertar gratuitamente o Curso *Elaboração de
Artigo Científico, *
dia *26 de novembro, das 18h às 22h*, no auditório do Ceam. Imperdível!!!
Inscrições no Ceam nos dias 18,19, 20 de novembro, das 8h às 18h, mediante
comprovação de que se é aluno do mestrado ou do doutorado na UnB no 2º
semestre de 2009.
Para quem não sabe, o Ceam fica no Mult iuso 1, bloco A, em frente ao BRB.
*Débora Diniz* é editora de um periódio internacional e membro do conselho
editorial de 9 revistas.
Quem quiser conferir o site, entrar em www.ceam.unb.br, na guia Minicurso
de Estensão.
Abraços
Sonja Cavalcanti
Mestrado PPGL

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

FOOTING, GOFFMAN, por Joselma Ramos

Erving Goffman

Para que se conheça o foco dos estudos de Sociolingüística interacional, é necessário considerar a importância da análise da conversação (AC) para essa área do conhecimento associada ao exame de contexto. Este passa então a configurar não de forma ilustrativa à AC, mas representa condição imprescindível para a análise dos eventos linguísticos.
Considerando isso, os estudos de Goffman (1972) são relevantes para a compreensão desses discursos em processo de interação face a face, entre eles, o conceito de Footing.
Goffman define como Footing, a partir de enquadres, uma mudança no alinhamento que os participantes assumem para eles mesmos e para os outros presentes em uma situação comunicativa. Dessa forma, Footing seria o desdobramento dos enquadres numa situação comunicativa (evento) face a face. O autor compara isso a seguinte situação:
Do mesmo modo que os dramaturgos podem colocar qualquer tipo de universo no palco, também nós podemos representar qualquer estrutura de participação e qualquer formato de produção na nossa conversa.
Para que se compreenda isso com mais exatidão, Goffman trabalha com dois conceitos: estrutura de participação e status de participação. O primeiro diz respeito as diversas maneiras como os participantes se interrelacionam, ou seja, os papéis que assumem na interação. Constituem um aspecto fundamental sobre o modo apropriado de interagir no encontro social, além de permitir que se identifique mais facilmente o alinhamento dos participantes. Um exemplo disso seria uma entrevista cujo entrevistador seria um papel ( alinhamento) e entrevistado (outro alinhamento), mas nada impede que assumam outras possibilidades durante a entrevista (até mesmo a troca de papéis). O segundo diz respeito a posição assumida na interação, o formato de produção, ou seja, uma pessoa pode está na posição de Presidente da República (papel), mas se comportar como um torcedor de futebol em determinado momento de uma interação.
Goffman altera, ao longo do seu texto, a noção tradicional de falante e ouvinte, ou seja, alguém que fala, outro que escuta, como se ambos estivessem inteiramente envolvidos numa situação ideal, apenas linguística e nada mais. É como se o falante, ao nomear seu ouvinte, fosse prontamente atendido e não houvesse outros interagentes ou mesmo que o ouvinte nomeado estivesse em total sintonia com o falante. Se considerarmos apenas isso, não é possível entender o que seriam Footings numa interação face a face.

Dessa forma, a análise desse estudioso passa a evidenciar que é necessário considerar que outros interagentes possam estar envolvidos ou que o ouvinte nomeado possa não responder à conversação. Para isso, o autor ressalta a importância de elementos nas interações face a face como turnos, pistas visuais, marcadores linguísticos, função paralingüística da gesticulação etc.
Dessas definições, o conceito de Footing fica mais claro a partir de dois pontos. O primeiro é que tem que se considerar, nas interações, uma estrutura de participação, um formato de produção para muito além da condição ouvinte-falante. O segundo ponto é o que diz respeito ao encaixamento e compreensão do efeito em camadas que parece ser uma conseqüência fundamental do processo de produção ao falar. Em suma, Goffman nos mostra a necessidade de observar que as estruturas de participação estão sujeitas a transformações num processo de interação e há uma vasta gama de possibilidades para serem analisadas.
Ele ressalta que a conversação não é um único contexto de uma fala.
Daí, parte para a idéia de um falante/ animador. O indivíduo que anima está produzindo seu próprio texto e delimitando sua própria posição através dele. O que pode ilustrar essa situação é a possibilidade de se narrar o próprio passado, mas já num footing diferente daquele ou quando se assume um discurso que pode representar outros como a seqüência ‘”nós, povo brasileiro”, etc.
Em suma, ao se considerar a teoria de Footing, de Goffmam, é preciso pensar que é preciso situar o sentido implícito em cada ação. Segundo o autor, “ estamos constantemente propondo ou mantendo enquadres que organizam o discurso e os orientam com relação à situação interacional”. Portanto, faz –se necessário se perguntar onde, quando e como se situa a interação. Isso é que se quer dizer com alinhamento e postura (Footing). Segundo ele, é necessário perceber “a projeção do eu de um participante na sua relação com o outro, consigo próprio e com o discurso em construção”.
Uma mudança de footing significa uma mudança de alinhamento e isso, enquanto se fala, ocorre frequentemente. É o que prova esse estudo da análise da conversação.

Turno Conversacional (por Maria do Rosário Rocha Caxangá)

Turno conversacional, conforme proposto por, Marcuschi (2007) é “aquilo que um falante faz ou diz enquanto tem a palavra, incluindo aí a possibilidade do silêncio” e constitui-se como “uma das unidades centrais da organização conversacional” (idem). Ou seja é a forma coordenada entre os interlocutores pela qual há a alternância de tomadas de palavras.
A tomada de turno rege-se por alguns esquemas preestabelecidos, porém negociados durante a conversação. Geralmente a interação verbal dialogada ocorre com perguntas e respostas, ou seja, por meio de pares adjacentes, que segundo Schegloff (1968), sequência em movimentos coordenados e cooperativos; sequências de dois turnos que coocorrem e servem para a organização local da conversação.
Para que os pares adjacentes aconteçam de forma cooperativa é necessário que os interactantes partilhem um mínimo de conhecimentos comuns, tais como: aptidão linguística; envolvimento cultural e domínio de situações sociais.
Os pares adjacentes mais comuns são:
Pergunta-resposta
Ordem-execução
Convite-aceitação/recusa
Cumprimento-cumprimento
Xingamento-defesa/revide
Acusação-defesa/justificativa
Pedido de desculpa-perdão
Existem relações estruturais e linguísticas entre a organização da conversação em turnos e a ligação interna em unidades constitutivas de turno.
Os marcadores podem ser de três tipos: verbais, não-verbais e supra-segmentais.
A coerência na conversação não ocorre da mesma forma em que no texto escrito. A perspectiva do desenvolvimento é múltipla e cada turno pode colocar uma reorientação, mudança ou quebra de ponto de vista em curso; a repetição de conteúdos por parte de vários falantes não é redundante e a contradição pode ter dois aspectos: se o falante se contradiz a si próprio ou a seu parceiro.
Um conceito importante no entendimento de turnos conversacionais é de Unidade Discursiva – UD – que segundo Castilho, é um segmento do texto caracterizado semanticamente por preservar a coerência temática da unidade maior e, formalmente, por se compor de um núcleo e duas margens. A UD está para a língua falada, assim como o parágrafo está para a língua escrita. Assim como o texto não é organizado apenas com as informações novas, o tópico conversacional é composto de informações novas e informações já conhecidas para a organização do tema. Na organização dos turnos, algumas UDs são relevantes apenas do ponto de vista interacional, ou seja, não têm o papel informativo para o tópico. Neste caso, podemos postular que há uma hierarquia tópica no discurso. O tópico conversacional não se confunde com um turno, ou seja um mesmo tópico pode ser desenvolvido em vários turnos conversacionais.(Castilho, 2004).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Entrega dos trabalhos

Olá! No cronograma tá que dia 19/11 é a apresentação das resenhas e começa a dos trabalhos finais. Mas quando é que a gente tem que entregar ambos?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Polidez - Erika Hoth Botelho Sathler

A polidez é vista como uma sub-disciplina da pragmática, mas está relacionada diretamente à sociolinguística e à análise do discurso. Existem várias definições para Polidez. Para Holmes (2006) é uma expressão de preocupação pelos sentimentos de outros, é o lubrificante da sociedade. Brown e Levinson (1987) definem polidez como uma preocupação com a “face” do outro. Eles desenvolvem a ideia de Noções de Face e afirmam que todo interagente possui duas faces e que preservá-las é sempre prioridade mútua em todos os atos de fala: Face positiva – desejo de aprovação e reconhecimento; e Face negativa – desejo de não imposição ou reserva de território pessoal.
Todos os atos que somos levados a produzir na interação são, de alguma forma, “ameaçadores” a uma e/ou à outra face dos interlocutores presentes, chamados de Face Threatening acts, os FTAs, atos de ameaça a face.
Para Brown e Levinson (1987), as diversas estratégias de polidez são importantes nos processos de atenuação dos FTAs, surgindo a polidez, nessa perspectiva, como “um meio de conciliar o desejo mútuo de preservação das faces com o fato de que a maioria dos atos de linguagem são potencialmente ameaçadores de qualquer uma dessas mesmas faces”.

Referências Bibliográficas:
BROWN, P.; LEVINSON, S.; (1987). Politeness: some universals in language usage. Cambrigde: Cambridge University Press.
BROWN, Penelope. (1979). Language, Interaction, and sex roles in a Mayan Community: A study of politeness and the position of women. Brasília: Universidade de Brasília. (Unisersity Microfilms International)
KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. (2006). Análise da Conversação: princípios e métodos. São Paulo: Parábola.
HOLMES, Janet. (1995). Women, Men and Politeness. New York, Longman.
HOLMES, Janet. (2006). Complimenting: A Positive Politeness Strategy. In: PAULSTON, C. B.; TUCKER, G.R. Sociolinguistics: The Essential readings. Oxforf: Blackwell Publishing.
MEY, Jacob. (1993). 2nd Ed. Pradimatics.Oxforf: Blackell.
OLIVEIRA, Maria do Carmo. (2008). Polidez e Interação. In: Coulthard, C; Cabral, Leonor. Desvendando Discursos: Conceitos Básicos. Florianópolis: Editora da UFSC.
OLIVEIRA, Maria Marly (2007). Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes.
ROSA, Margarete. (1992). Marcadores de atenuação. São Paulo: Contexto.
TANNEN, Deborah (2005). Conversational Style. New York: Oxforf
THOMAS, J. (1995). Meaning in interaction: an introduction to pragmatics. New York: Longman
VIDAL, M. Victoria. Cortesía y relevancia. In: HAVERKATE, H. et al. (1998) La pragmática lingüística del español: recientes desarrollos. Amsterdam: Rodopi.

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