sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Texto: What is pragmatics? – de J. Thomas

Apresentação do texto: Sabrina

Debatedora: What is pragmatics?

1.1. Introdução

v As pessoas não costumam ou nunca dizem o que querem dizer.
v O que foi dito pode ser diferente ou até o oposto

1.2. Definindo Pragmática

Anos 80: A Pragmática era definida como sentido/significado em uso ou sentido/significado no contexto.
Essas definições eram adequadas, a princípio, mas generalizadas, devido a aspectos da Semântica desenvolvida no final dos anos 80.
Nos livros, o equívoco acontece ou em igualar a Pragmática com sentido/significado do falante ou em igualar a Pragmática com interpretação da declaração (?) – os termos utilizados nos textos eram outros que não esses.


Speaker meaning: considera a visão social, focada na produção da mensagem, mas que “obscurece o fato de que o processo de interpretação que nós escutamos envolve movimento entre vários níveis de sentido/significado”. (p.2)


Utterance interpretation: considera o enfoque cognitivo. É mais focada no receptor da mensagem, o que desfavorece as limitações sociais na interpretação da declaração.



Levels of meaning:

v Abstract meaning
v Contextual meaning (ou utterance meaning)
v Force of an utterance


1.3. Do sentido/significado abstrato para o sentido/significado do contexto


Abstract meaning: “diz respeito ao que uma palavra, frase, sentença, etc poderia significar. (Exemplo: o significado das palavras em um dicionário)”. (p.2)


Exemplo de cat (no texto) em uma conversa de sentido restrito a assuntos militares (domain of discourse)
Outros exemplos:
v “Mata-gato” (retirador de grampos)
v “Fazer um gato”: desviar o cabo de eletricidade de outra pessoa para sua residência (piratear energia); virar o carro no meio da pista para cortar caminho.
v “Tubarão”: prendedor de papéis.


“Quando você está em um domínio de discurso conhecido ou quando você conhece que regras sociais [e que cultura] seu interagente ocupa, você provavelmente terá pouca dificuldade em designar a correta noção para um item lexical ambíguo”. (p.3)


v Exemplos do texto: handout e The Pearsons ar on coke


“Em geral, falantes natives proficientes não buscam criteriosamente pelo sentido/significado do contexto de uma palavra, frase ou sentence (...) O sentido/significado do contexto é tão óbvio que nem passa por nossa cabeça que poderiam existir interpretações alternativas”. (p.4)


v Problemas ocorrem quando existem mudanças de tópico.
v Problemas em entender, não palavras, frases ou sentenças, mas em entender o sentido/significado do contexto devido à serie de sentidos/significados possíveis linguisticamente. (Exemplo do filme “O nome da rosa” no texto)


1.3.1. Designar noção no contexto


“Quando as pessoas estão envolvidas na conversação, elas, intuitivamente, procuram por uma noção contextual (a noção em que o falante/escritor está usando uma palavra)”. (p.5)


v Buscar um contexto com perguntas para opinar sobre um assunto ou opinar sobre ele.
v Homonyms: palavras com a mesma ortografia e pronúncia, mas sentido/signficado diferente. Exemplos no texto: cat, handout, coke, lump.
v Polysemus: muitos sentidos/significados estreitamente relacionados. Exemplo: língua Anglo (de Gana) – palavras como perna e pé são as mesmas (porque dizem respeito aos membros inferiores do corpo).
v Homographs: palavras que têm a mesma ortografia, mas pronúncia e sentido/significado diferentes. Exemplo de lead (liderança; chumbo).
v Homophones: palavras que têm a mesma pronúncia, mas ortografia e sentido/significado diferentes. Exemplo de herpes e hairpiece que gerou confusão devido ao acento irlandês de um novo âncora no jornal. Exemplo de coroca e coloca devido a uma falha na pronúncia do fonema /l/ por uma aluna zambiana em sala de aula.


“Designar a noção adequada ou pretendida para itens lexicais polissêmicos ou homônimos pode ser particularmente problemático para falantes não-nativos de uma língua, porque eles podem carecer de conhecimentos culturais próprios dessa língua em que os falantes nativos se baseiam”. (Exemplos de gestos comuns de uma língua que podem não ser compreendidos por não existirem em outra língua).


1.3.2. Designar referência no contexto


“Para entender uma declaração (?), não temos somente que designar a noção para as palavras, mas também designar a referência (ex.: determinar no contexto a quem ou a que algo está se referindo)”. (p.9)


Referências com:


v Sentenças curtas (frases nominais, orações sem o objeto de referência).
v Deictic expressions derivam de parte do sentido/significado do contexto
v Place deictics: aqui, lá, este, aquele
v Time deictics: ontem, amanhã, agora
v Person deictics: eu, você
v Discourse deictics: o primeiro, o último
v Social deictics: Vossa Majestade, senhor, senhora


Ocorrem problemas de entendimento quando há deslocamento das expressões dêiticas de seu contexto original da declaração (?).


Os problemas podem ocorrer em livros antigos, jornais, conversas cotidianas escutadas por um terceiro.


1.3.3. Ambiguidade estrutural


v Deslocamento de itens lexicais na declaração (nível sintático).


1.3.4. Interação de noção, referência e estrutura


v Exemplo do texto: OUT OF ORDER – Fora de ordem? Não permitido? Não está funcionando?
v A mensagem está no devido local da declaração?


“A menos que você saiba a que alguma coisa se refere, você não é capaz de pensar fora da noção; e, ao contrário, se você não sabe o sentido da palavra ou frase, é mais difícil pensar a que algo está se referindo”. (p.13)


1.3.5. Ambiguidade e intencionalidade


v As sentenças bem-formuladas de nativos podem ser ambíguas se retiradas do contexto.
v Os nativos podem não ser capazes de identificar a ambiguidade em sua própria sentença.
v Existe somente um sentido/significado para o falante, mas existem exceções: o discurso literário, as piadas.


Uma charada, para pensar um pouco:Eu saio da "casa".Corro pela frente.Viro a` esquerda e sigo correndo.Eu repito esa etapa mais duas vezes.Estou de novo em "casa", onde encontro dois homens com ma'scaras.Quem sou? (Piada postada por aluno filipino em um blog para alunos estrangeiros, aprendizes de português)
Resposta: Bola de beisebol


1.4. Importância do sentido/significado da declaração: o primeiro nível do sentido/significado do falante
1.4.1. Importância do sentido/significado da declaração


v Os nativos não têm dificuldades em interpretar a noção adequada do contexto, mesmo que o ponto de vista do ouvinte seja potencialmente ambíguo.


1.5.Force: o segundo nível do sentido/significado do falante:


v A maioria dos equívocos no entendimento de uma sentença é a falha no entendimento da intenção do falante.
v Force: refere-se à intenção comunicativa do falante
v O objetivo para lograr o entendimento de uma sentença é compreender a verdadeira intenção em um leque de opções.


1.5.1. Entendendo o sentido/significado da declaração e a força:


v O exemplo de cat era ambíguo, mas não representou problemas para os ouvintes quanto ao sentido/significado da declaração.


1.5.2. Entendendo o sentido/significado da declaração, mas não a força:


v Existe o entendimento da sentença, mas não da intenção do falante. Exemplo de Dylan no texto.
v É frenquentemente mais difícil o entendimento da força


1.5.3. Entendendo força, mas não o sentido/significado da declaração:


v A intenção é clara, mas a sentença é incompreendida por um nativo ou não-nativo
v Exemplos de experiências pessoais ou da visualização de gestos em outros países


1.6.Definições de Pragmática (revista)


v A mudança de definições, teorias e metodologias diante de novos concernimentos e insights.


1.6.1. Speaker meaning


v O falante utiliza sua sentença sem parecer cogitar em ambiguidades.


1.6.2. Utterance interpretation


v A busca do ouvinte em entender o motivo da declaração do falante.


1.6.3. Pragmática: sentido/significado e interação


v “A busca do sentido/significado é um processo dinâmico, envolve a negociação de sentido/significado entre falante e ouvinte, o contexto da declaração (físico, social e linguístico) e o sentido/significado potencial de uma declaração.
v Exemplos de alunos estrangeiros, aprendizes de português na sala de aula.
v O ouvinte desenvolve um tópico apropriado na interação.

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