quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Resultados da Disciplina Sociolinguística Interacional

02/69263 -MS
06/05590 -SS
07/93663- SS
09/0017919 -SS
09/0017986 -SS
09/0046471 -SS
09/0155882 -SS
09/26965 -SS
09/63658 -MS
93/44110 -SS.
As notas do seminário estão indicadas no trabalho final, que serão entregues amanhã (Dia 11/12/2009) para a secretária da Pós.Vocês poderão retirar os trabalhos com ela.Faltam os resultados da Cátia e da Rosário e Gabriela porque estão devendo trabalhos.Obrigada a todos e Boas Festas.
Cibele.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Haverá aula?

Teremos aula nesta quinta, dia 26, ou seguiremos a paralisação de 3 dias????

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Curso Gratuito "Elaboração de Artigo Científico"

Prezados colegas,
A professora Débora Diniz vai ofertar gratuitamente o Curso *Elaboração de
Artigo Científico, *
dia *26 de novembro, das 18h às 22h*, no auditório do Ceam. Imperdível!!!
Inscrições no Ceam nos dias 18,19, 20 de novembro, das 8h às 18h, mediante
comprovação de que se é aluno do mestrado ou do doutorado na UnB no 2º
semestre de 2009.
Para quem não sabe, o Ceam fica no Mult iuso 1, bloco A, em frente ao BRB.
*Débora Diniz* é editora de um periódio internacional e membro do conselho
editorial de 9 revistas.
Quem quiser conferir o site, entrar em www.ceam.unb.br, na guia Minicurso
de Estensão.
Abraços
Sonja Cavalcanti
Mestrado PPGL

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

FOOTING, GOFFMAN, por Joselma Ramos

Erving Goffman

Para que se conheça o foco dos estudos de Sociolingüística interacional, é necessário considerar a importância da análise da conversação (AC) para essa área do conhecimento associada ao exame de contexto. Este passa então a configurar não de forma ilustrativa à AC, mas representa condição imprescindível para a análise dos eventos linguísticos.
Considerando isso, os estudos de Goffman (1972) são relevantes para a compreensão desses discursos em processo de interação face a face, entre eles, o conceito de Footing.
Goffman define como Footing, a partir de enquadres, uma mudança no alinhamento que os participantes assumem para eles mesmos e para os outros presentes em uma situação comunicativa. Dessa forma, Footing seria o desdobramento dos enquadres numa situação comunicativa (evento) face a face. O autor compara isso a seguinte situação:
Do mesmo modo que os dramaturgos podem colocar qualquer tipo de universo no palco, também nós podemos representar qualquer estrutura de participação e qualquer formato de produção na nossa conversa.
Para que se compreenda isso com mais exatidão, Goffman trabalha com dois conceitos: estrutura de participação e status de participação. O primeiro diz respeito as diversas maneiras como os participantes se interrelacionam, ou seja, os papéis que assumem na interação. Constituem um aspecto fundamental sobre o modo apropriado de interagir no encontro social, além de permitir que se identifique mais facilmente o alinhamento dos participantes. Um exemplo disso seria uma entrevista cujo entrevistador seria um papel ( alinhamento) e entrevistado (outro alinhamento), mas nada impede que assumam outras possibilidades durante a entrevista (até mesmo a troca de papéis). O segundo diz respeito a posição assumida na interação, o formato de produção, ou seja, uma pessoa pode está na posição de Presidente da República (papel), mas se comportar como um torcedor de futebol em determinado momento de uma interação.
Goffman altera, ao longo do seu texto, a noção tradicional de falante e ouvinte, ou seja, alguém que fala, outro que escuta, como se ambos estivessem inteiramente envolvidos numa situação ideal, apenas linguística e nada mais. É como se o falante, ao nomear seu ouvinte, fosse prontamente atendido e não houvesse outros interagentes ou mesmo que o ouvinte nomeado estivesse em total sintonia com o falante. Se considerarmos apenas isso, não é possível entender o que seriam Footings numa interação face a face.

Dessa forma, a análise desse estudioso passa a evidenciar que é necessário considerar que outros interagentes possam estar envolvidos ou que o ouvinte nomeado possa não responder à conversação. Para isso, o autor ressalta a importância de elementos nas interações face a face como turnos, pistas visuais, marcadores linguísticos, função paralingüística da gesticulação etc.
Dessas definições, o conceito de Footing fica mais claro a partir de dois pontos. O primeiro é que tem que se considerar, nas interações, uma estrutura de participação, um formato de produção para muito além da condição ouvinte-falante. O segundo ponto é o que diz respeito ao encaixamento e compreensão do efeito em camadas que parece ser uma conseqüência fundamental do processo de produção ao falar. Em suma, Goffman nos mostra a necessidade de observar que as estruturas de participação estão sujeitas a transformações num processo de interação e há uma vasta gama de possibilidades para serem analisadas.
Ele ressalta que a conversação não é um único contexto de uma fala.
Daí, parte para a idéia de um falante/ animador. O indivíduo que anima está produzindo seu próprio texto e delimitando sua própria posição através dele. O que pode ilustrar essa situação é a possibilidade de se narrar o próprio passado, mas já num footing diferente daquele ou quando se assume um discurso que pode representar outros como a seqüência ‘”nós, povo brasileiro”, etc.
Em suma, ao se considerar a teoria de Footing, de Goffmam, é preciso pensar que é preciso situar o sentido implícito em cada ação. Segundo o autor, “ estamos constantemente propondo ou mantendo enquadres que organizam o discurso e os orientam com relação à situação interacional”. Portanto, faz –se necessário se perguntar onde, quando e como se situa a interação. Isso é que se quer dizer com alinhamento e postura (Footing). Segundo ele, é necessário perceber “a projeção do eu de um participante na sua relação com o outro, consigo próprio e com o discurso em construção”.
Uma mudança de footing significa uma mudança de alinhamento e isso, enquanto se fala, ocorre frequentemente. É o que prova esse estudo da análise da conversação.

Turno Conversacional (por Maria do Rosário Rocha Caxangá)

Turno conversacional, conforme proposto por, Marcuschi (2007) é “aquilo que um falante faz ou diz enquanto tem a palavra, incluindo aí a possibilidade do silêncio” e constitui-se como “uma das unidades centrais da organização conversacional” (idem). Ou seja é a forma coordenada entre os interlocutores pela qual há a alternância de tomadas de palavras.
A tomada de turno rege-se por alguns esquemas preestabelecidos, porém negociados durante a conversação. Geralmente a interação verbal dialogada ocorre com perguntas e respostas, ou seja, por meio de pares adjacentes, que segundo Schegloff (1968), sequência em movimentos coordenados e cooperativos; sequências de dois turnos que coocorrem e servem para a organização local da conversação.
Para que os pares adjacentes aconteçam de forma cooperativa é necessário que os interactantes partilhem um mínimo de conhecimentos comuns, tais como: aptidão linguística; envolvimento cultural e domínio de situações sociais.
Os pares adjacentes mais comuns são:
Pergunta-resposta
Ordem-execução
Convite-aceitação/recusa
Cumprimento-cumprimento
Xingamento-defesa/revide
Acusação-defesa/justificativa
Pedido de desculpa-perdão
Existem relações estruturais e linguísticas entre a organização da conversação em turnos e a ligação interna em unidades constitutivas de turno.
Os marcadores podem ser de três tipos: verbais, não-verbais e supra-segmentais.
A coerência na conversação não ocorre da mesma forma em que no texto escrito. A perspectiva do desenvolvimento é múltipla e cada turno pode colocar uma reorientação, mudança ou quebra de ponto de vista em curso; a repetição de conteúdos por parte de vários falantes não é redundante e a contradição pode ter dois aspectos: se o falante se contradiz a si próprio ou a seu parceiro.
Um conceito importante no entendimento de turnos conversacionais é de Unidade Discursiva – UD – que segundo Castilho, é um segmento do texto caracterizado semanticamente por preservar a coerência temática da unidade maior e, formalmente, por se compor de um núcleo e duas margens. A UD está para a língua falada, assim como o parágrafo está para a língua escrita. Assim como o texto não é organizado apenas com as informações novas, o tópico conversacional é composto de informações novas e informações já conhecidas para a organização do tema. Na organização dos turnos, algumas UDs são relevantes apenas do ponto de vista interacional, ou seja, não têm o papel informativo para o tópico. Neste caso, podemos postular que há uma hierarquia tópica no discurso. O tópico conversacional não se confunde com um turno, ou seja um mesmo tópico pode ser desenvolvido em vários turnos conversacionais.(Castilho, 2004).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Entrega dos trabalhos

Olá! No cronograma tá que dia 19/11 é a apresentação das resenhas e começa a dos trabalhos finais. Mas quando é que a gente tem que entregar ambos?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Polidez - Erika Hoth Botelho Sathler

A polidez é vista como uma sub-disciplina da pragmática, mas está relacionada diretamente à sociolinguística e à análise do discurso. Existem várias definições para Polidez. Para Holmes (2006) é uma expressão de preocupação pelos sentimentos de outros, é o lubrificante da sociedade. Brown e Levinson (1987) definem polidez como uma preocupação com a “face” do outro. Eles desenvolvem a ideia de Noções de Face e afirmam que todo interagente possui duas faces e que preservá-las é sempre prioridade mútua em todos os atos de fala: Face positiva – desejo de aprovação e reconhecimento; e Face negativa – desejo de não imposição ou reserva de território pessoal.
Todos os atos que somos levados a produzir na interação são, de alguma forma, “ameaçadores” a uma e/ou à outra face dos interlocutores presentes, chamados de Face Threatening acts, os FTAs, atos de ameaça a face.
Para Brown e Levinson (1987), as diversas estratégias de polidez são importantes nos processos de atenuação dos FTAs, surgindo a polidez, nessa perspectiva, como “um meio de conciliar o desejo mútuo de preservação das faces com o fato de que a maioria dos atos de linguagem são potencialmente ameaçadores de qualquer uma dessas mesmas faces”.

Referências Bibliográficas:
BROWN, P.; LEVINSON, S.; (1987). Politeness: some universals in language usage. Cambrigde: Cambridge University Press.
BROWN, Penelope. (1979). Language, Interaction, and sex roles in a Mayan Community: A study of politeness and the position of women. Brasília: Universidade de Brasília. (Unisersity Microfilms International)
KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. (2006). Análise da Conversação: princípios e métodos. São Paulo: Parábola.
HOLMES, Janet. (1995). Women, Men and Politeness. New York, Longman.
HOLMES, Janet. (2006). Complimenting: A Positive Politeness Strategy. In: PAULSTON, C. B.; TUCKER, G.R. Sociolinguistics: The Essential readings. Oxforf: Blackwell Publishing.
MEY, Jacob. (1993). 2nd Ed. Pradimatics.Oxforf: Blackell.
OLIVEIRA, Maria do Carmo. (2008). Polidez e Interação. In: Coulthard, C; Cabral, Leonor. Desvendando Discursos: Conceitos Básicos. Florianópolis: Editora da UFSC.
OLIVEIRA, Maria Marly (2007). Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes.
ROSA, Margarete. (1992). Marcadores de atenuação. São Paulo: Contexto.
TANNEN, Deborah (2005). Conversational Style. New York: Oxforf
THOMAS, J. (1995). Meaning in interaction: an introduction to pragmatics. New York: Longman
VIDAL, M. Victoria. Cortesía y relevancia. In: HAVERKATE, H. et al. (1998) La pragmática lingüística del español: recientes desarrollos. Amsterdam: Rodopi.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Inferências e Pistas de Contextualização - Alley Candido Junior

Partindo do pressuposto de que uma elocução pode ser compreendida distintamente por diferentes culturas/comunidades de prática/indivíduos, as interpretações de tais elocuções se realizam com base na compreensão do que está acontecendo no momento da interação. A compreensão é, na verdade, um conjunto de informações (regras conversacionais, conhecimento prévio e expectativas do que é/será dito, convenções sociais) que são internalizadas e permitem aos interagentes inferir as intenções subjacentes ao discurso. Nesse sentido, as inferências são processos mentais que evocam uma bagagem cultural e social importantes na interpretação de situações contextuais, cujos sentidos continuamente se atualizam durante interação (Gumperz, 2003). É por meio do processo inferencial que somos capazes de captar as pistas de contextualização, que são pistas de natureza sociolinguística que utilizamos para sinalizar nossos propósitos comunicativos ou para inferir os propósitos conversacionais do interlocutor (Gumperz, 2003). Elas podem ser divididas em pistas lingüísticas, paralinguísticas, prosódicas, e as pistas não verbais: cinésica e proxêmica.

Formalidade x Informalidade - Lauana M. Brandão

Formalidade x Informalidade (Brandão, Rech, Tannen)
A formalidade e a informalidade são praticadas discursivamente e diferentemente em sociedades e culturas diversas. O estilo de fala informal e o estilo de fala formal são planejados na relação intrapessoal (background) e interpessoal (conforme a idade, a posição social) e negociados na interação.
O planejamento reflete a escolha de um indivíduo, que expressa seus conhecimentos lingüísticos, sua posição identitária e transita em um continuum de estilos. Esse continuum permite a escolha de variedades estilísticas e pode ser tão diversificado quanto a configuração de conhecimentos lingüísticos do interactante. O que ele diz possui medida, passo, amplitude, intonação e relevância em relação à interação segundo Tannen (2005).
No estilo informal, há tendência à simetria na interação. A distribuição dos turnos de fala e dos papéis comunicativos favorecem essa simetria. No estilo formal, a interação pode ser expressa com menor espontaneidade, além de ocorrer a manutenção do turno de fala e do tópico. O interactante pode expressar sua identidade posicional (geralmente convencionada pela posição social em ambiente de trabalho) por meio de escolhas lexicais, sintáticas próprias do estilo discursivo convencionado institucionalmente.
A escolha do interactante é permeada pelo set (configurações) de conhecimentos lingüísticos construídos ao longo de sua vivência com seu grupo de origem (família, amigos) e com outros grupos (de trabalho, de estudo). Interação que permite a construção desses conhecimentos e ensina explícita e tacitamente os usos convencionados de cada sociedade e cultura.
Essa interação permite diferentes escolhas de estilo de fala que pode se traduzir como:

Variedades disponíveis aos interagentes de uma determinada comunidade, entre as quais eles podem operar escolha apropriada a dada situação, definida por um conjunto de fatores sociais e culturais inerentes a tal comunidade. (Brandão, 1997)

O estilo de fala é, portanto, uma prática discursiva operada com objetivos e negociada com a audiência.
Lauana

Involvement Linguistic Practice

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Definição de Pragmática - Sabrina Lima de Souza Cerqueira

Oi Pessoal!!!
Como vocês sabem, meu trabalho foi sobre pragmática. A professora me pediu para colocar um resumo do que é pragmática, então vou postar aqui um pequeníssimo resumo sobre o tema.
O texto que lemos para a aula sobre pragmática (J. Thomas) diz que pragmática é significado em uso e significado em contexto. Segundo a autora os estudos pragmáticos são aqueles que verificam o processo dinâmico de negociação de significado “travado” entre falante e ouvinte.
Já Morris (1938) define Pragmática como o estudo da relação dos signos e seus intérpretes. O escopo: lidar com todos os fenômenos psicológicos, biológicos e sociológicos que ocorrem no funcionamento dos signos. Os conceitos pragmáticos se constroem na intercessão de princípios teóricos de outros ramos do conhecimento como a Lingüística, Psicologia, Antropologia, Filosofia, Sociologia e Retórica.
Kerbrat-Orecchioni (2005) diz que a pragmática pode ser definida como o estudo da linguagem em ação; definição muito geral, que abre caminho a tipos de investigação muito diferentes (por causa das várias possibilidades de interpretação para o termo linguagem).
Por fim, Levinson (2007), que escreve 36 páginas tentando definir o que é pragmática, dá várias definições para o termo pragmática como: (i) o estudo das relações entre língua e contexto que são gramaticalizadas ou codificadas na estrutura de uma língua (p.11)- está definição relaciona com a estrutura lingüística; (ii)pragmática é o estudo da capacidade dos usuários da língua de emparelhar sentenças com os contextos em que elas seriam adequadas(p.29) - esta definição torna central uma noção de adequação ou felicidade); (iii)é o estudo da dêixis (pelo menos em parte), da implicatura, da pressuposição, dos atos de fala e dos aspectos da estrutura discursiva (p. 32) - essa definição só fornece uma lista dos fenômenos que uma teoria pragmática deve dar conta (iv) pragmática como “significado menos semântica” ou como a contribuição do contexto para a compreensão lingüística (p.37) – essa definição é a que ele diz ser a mais promissora.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Repensando o Contexto - Izabella

Repensando o Contexto

Repensar o contexto é percebê-lo em um campo de ação no qual os participantes da interação estão situados em contextos diversos capazes de mudanças rápidas e dinâmicas e no qual a organização social se desenvolve como um processo interativamente sustentável. (Goodwin e Duranti, 1992).
A comunicação verbal nunca pode ser entendida ou explicada fora de uma situação real. A linguagem adquire vida e evolui historicamente em uma comunicação verbal concreta e não em um sistema linguístico abstrato, formal e isolado da cultura e da organização social. (Volosinov,1973)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Análise da Conversação - Princípios e Métodos (Kerbrat-Orecchioni)

Por claramente apresentar uma vocação comunicativa, a linguagem verbal não deve ser analisada só em seus aspectos lingüísticos. Sendo assim, procedimentos fáticos e reguladores, de dimensões paraverbal e não-verbal, contribuem para o "sucesso" de uma conversação, que são um tipo particular das interações verbais e são regidas por regras. Além disso, mecanismos de tomada de turno e questões de polidez estão envolvidas nas conversações, sendo que são, muitas vezes, tacitamente negociados e podem sofrer grandes variações de acordo com a cultura ou comunidade linguística. O objetivo da análise da conversação seria desvendar essas regras e considerar todas essas questões, tendo como objeto de estudo discursos atualizados em situações reais de comunicação. Além de romper com a gramática tradicional em vários pontos (ter a fala como objeto de estudo, descrever regras conversacionais em vez de postular regras lingüísticas, etc.), Kerbrat também se distancia da linguística moderna por não ter como objeto de estudo frases abstratas, soltas e descontextualizadas. Para Kerbrat, cumpre falarmos em competência comunicativa, conceito que sobrepuja o de competência linguística de Chomsky.
Olá, quem ainda não postou o resumo do seminário apresentado, precisa fazê-lo para que eu possa atribuir a nota da avaliação. A avaliação só estará completa com a postagem do resumo da comunicação feita em sala. Cibele.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Metamensagens e comunicação não-verbal (Tannen, Knapp e Hall, Dionisio, A.P. e Hoffnagel, J.).

Numa interação, as informações transmitidas por meio de significados de palavras é a mensagem, sendo a metamensagem tudo aquilo que rodeia as palavras: estilo conversacional, atitudes de um para com o outro, a ocasião, os recursos paralinguísticos e os supra-segmentais. E é à metamensagem que respondemos mais incisivamente. Em uma conversa, os componentes verbais provavelmente carregam menos de 35% do significado social da situação; mais de 65% é transmitido por canais não-verbais.
“... os canais não-verbais carregam mais informação e são mais críveis do que os verbais, e os sinais visuais, em geral, têm mais peso do que os vocais”. (Burgoon, 1980 apud Knapp e Hall, 1999).
O comportamento não-verbal pode repetir, contradizer, substituir, complementar, acentuar ou regular o comportamento verbal, daí serem esses comportamentos tratados como uma unidade dentro do processo total de comunicação.
Postado por Keyla Gonçalves

ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO

A análise da conversação, ou fala em interação social, termo mais aceito atualmente, segundo Marcushi (2008) iniciou-se na década de 60 na linha da Etnometodologia e da Antropologia Cognitiva. Harvey Sacks, seu precursor, estudou a organização do processo interacional, buscando compreender a organização situacional da ação e os procedimentos. Um dos seus postulados foi que a conversação não era uma atividade caótica quanto aparentava e que as pessoas se organizam socialmente através da fala. Heritage e Atkinson (1984) apud Paul Seedhouse (2004) explicitam que o objetivo central de pesquisas em Análise da Conversa é a descrição e a explicação das competências que os falantes comuns usam e de que se valem para participar de interações inteligíveis e socialmente organizadas, ou seja, descrever os procedimentos por meio dos quais os participantes produzem seus próprios comportamentos e entendimentos e por meio dos quais lidam com o comportamento dos outros. A principal forma de obter esses dados naturalísticos ocorre por meio de gravações das conversas dos participantes em áudio e/ou em vídeo. A transcrição dos dados obedece a uma série de convenções que sinalizam os diferentes aspectos que permearam uma determinada conversa (ou trecho de conversa) naquela hora e naquele local.

Luzuneth Rodrigues Martins

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Frames (Enquadres) e Esquemas de Conhecimento

Na abordagem de Bateson (1972), Goffman (1974) e Tannen & Wallat (1998) apud Pereira (2009) enquadre é definido como um conjunto de instruções internalizadas pelos falantes sobre como deverão compreender a mensagem. Quando nos perguntamos: “Qual é o significado do que está acontecendo aqui?”, estamos tentando nos enquadrar numa interação. Bateson (1972) também assinala que qualquer elocução pode ter um significado contrário ao que está explícito no discurso, caso o falante esteja num enquadre de ironia, brincadeira, provocação, entre outros. O que determina a construção de um dado enquadre são os esquemas de conhecimento, os quais representam as expectativas dos interactantes molduradas por um conhecimento anterior (backgrounds), sendo construídos a partir de uma informação pressuposta, que nem sempre é compartilhada por todos. As pessoas identificam os enquadres por meio de metamensagens e pistas linguísticas e paralinguísticas ao relacioná-las com os conhecimentos de mundo que já possuem.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Programação do Seminário: II Semana da Linguagem

II SEMANA DA LINGUAGEM: Práticas Sociais no Âmbito da Linguagem

19 a 23 de outubro de 2009 Local: FINATEC



PROGRAMAÇÃO DO LIP: 19/10/2009

08h00 –08h40
Credenciamento

08h40
Abertura do evento
Aud. FINATEC

09h00 – 10h00
Palestra de abertura: Os desafios linguísticos e culturais em um mundo que encolhe − Prof. Kannavillil Rajagopalan (Unicamp) (15min. para perguntas)

10h15 – 10h30

intervalo para café
FINATEC

10h30 – 11h00
Lançamento de livros: Discurso em questão: representação, gênero, identidade e discriminação − Denize Elena Garcia, Christina Leal, Marta Pacheco; Linguística Aplicada: múltiplos olhares − Kleber Aparecido e Maria Luísa Ortiz.
Aud.

FINATEC
11h00-12h00

Painel de trabalhos

Coordenação dos professores:

Ana Adelina

Juliana Freitas

Viviane Rezende

Kleber Aparecido

FINATEC

12h00-14h00
Intervalo para almoço

14h00-15h00
Palestra da Professora Silviane Barbatto ( UnB/IP) sobre sociocognitivismo. (15 min. para perguntas)
Aud. FINATEC

15h15-15h30
Intervalo para café


15h30-16h30

A partir das 16h30


Mesa Redonda: Contribuições da Análise de Discurso Crítica para o Ensino da Língua Portuguesa

Profa. Maria Cristina Leal

Profa. Edna Cristina

Profa. Josênia Antunes
Aud.

FINATEC

Comunicações de trabalhos de alunos

Coordenação das professoras:

Enilde Faulstisch

Edna Cristina

Flávia de Castro Alves

À noite

19h00 com 20 min.para cada expositor e 20 min. para perguntas.
Mesa Redonda − Pelas trilhas do interacionismo: para uma abordagem em contexto de L1 e de L2

Profa. Cibele Brandão

Profa. Ana Adelina

Prof. Kléber Aparecido

Profa. Maria Luiza Corôa
Anf. 3

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

http://www.veramenezes.com/moderador.pdf
Artigo sobre intertextualidade e footing na construção do conhecimento em foruns online

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Referência de texto de Brown e Levinson

Referência do texto de Brown e Levinson:The Discourse reader. Jaworski. A. and Coupland, N. Routledge: London and New York, 2006.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Texto: What is pragmatics? – de J. Thomas

Apresentação do texto: Sabrina

Debatedora: What is pragmatics?

1.1. Introdução

v As pessoas não costumam ou nunca dizem o que querem dizer.
v O que foi dito pode ser diferente ou até o oposto

1.2. Definindo Pragmática

Anos 80: A Pragmática era definida como sentido/significado em uso ou sentido/significado no contexto.
Essas definições eram adequadas, a princípio, mas generalizadas, devido a aspectos da Semântica desenvolvida no final dos anos 80.
Nos livros, o equívoco acontece ou em igualar a Pragmática com sentido/significado do falante ou em igualar a Pragmática com interpretação da declaração (?) – os termos utilizados nos textos eram outros que não esses.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cronograma de aulas 2009/2 - Profa. Cibele Brandão

IL/LIP/UnB – PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA
DISCIPLINA: SOCIOLINGUÍSTICA INTERACIONAL

Cronograma de aulas

20/08 – Fundamentos teóricos da SI
27/08 ­– Etnographic methods (Duranti).
03/09 – What is Pragmatics e The Cooperative Principle and the four conversational maxims (J. Thomas) Discussão do texto do Duranti (continuação)
Apresentadora: Sabrina Debatedora: Lauana
10/09 – Teorias de polidez e a noção de face ( J. Thomas e Brown e Levison)
Apresentadora: Érica Debatedora: Keila

17/09 – Metodologia da Análise da Conversação e Etnometodologia
( Seedhouse). Apresentadora: Luzinete (AC) e Ana Cláudia (Etnometodologia) Debatedora: Aline Duarte
24/09 – Discussão do livro Análise da Conversação: princípios e métodos (Kerbrat-Orecchioni).
01/10 – Discutindo contexto ( Duranti e Kendon) Apresentadora: Isabela Debatedora: Joselma e Turno conversacional, unidade discursiva e hierarquia tópica (Hutchby & Wooffit e Castilho) Apresentadora: Rosária Debatedora: Kátia
08/10 − Estruturas de expectativas: frames and footings; esquemas de conhecimento e de participação.( Bateson, Tannen & Wallat, Goffman).
Apresentadores: Aline (Frames) Debatedora: Luzinete; Joselma (Footings) Debatedor: Alley
15/10 – Metamensagens e comunicação não-verbal (Tannen, Knapp e Hall, Dionisio, A.P. e Hoffnagel, J.).
Apresentadora: Keila Debatedora: Ana Cláudia
22/10 – Pistas de contextualização e inferências conversacionais (Gumperz)
Apresentador: Alley Debatedora: Isabela
29/10 – Formalidade e informalidade (Brandão, Tannen, Rech.)
Apresentadora: Lauana Debatedores: Gabriela e Sabrina
05/11 − Envolvimento conversacional (Tannen e Chafe)
Apresentadora: Kátia Debatedora: Rosária
12/11− Estratégias de variação estilística
Apresentadora: Gabriela Debatedora: Érica
19/11− Apresentação das resenhas e Apresentação do trabalho final
26/11 − Apresentação do trabalho final

domingo, 30 de agosto de 2009

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